h1

The Class / Klass

setembro 5, 2011

Drama de Ilmar Raag, Estônia, 2007


 

 

Tensão, impotência e agonia. São os principais sentimentos, à qual se elevam progressivamente até o limite suportável, e permanecem gritando até o fim desta soberba obra estoniana. Entendo que independente de quão ruim esteja uma situação, é sempre possível fazer algo para diminuir o sofrimento.

 

Na situação do protagonista, esse argumento não tem muito valor. A questão incessante é, “o que fazer”? Diante de um sofrido labirinto existencial sem possibilidades óbvias de escolhas assertivas, cabe ao espectador compartilhar seu cotidiano e sua dor.

A narrativa explora brutalmente o sofrimento de um estudante, vítima de um bullying extremo, absurdo. Filme dinâmico, simples, engrena rápido. Aos 5 minutos você já está dentro da história ingressando em uma experiência tensa e progressiva. Não há limites para as humilhações, dor e sadismo coletivo. O filme inteiro se passa na sala de aula, nos corredores, vestiário e demais dependências da escola. Com algumas cenas nas residências dos personagens, tem-se o suficiente para contextualizar essa doentia atmosfera que instantaneamente se apropria do espectador.  Este, é engolido e submetido aos piores sentimentos.

Não há sorrisos, alegria, felicidade alguma. O emocional fica à mercê da desgraça insuportável, total decadência. A atuação dos personagens é brilhante aliás tudo é brilhante aqui. Recomendo absurdamente, filme genial.

Daniel Silva, set/11

The Class / Klass
Drama de Ilmar Raag, Estônia, 2007
Roteiro e direção Ilmar Raag
Cor, 99 min
Classificação: 5 estrelas


3 comentários

  1. Aê safadoo…tava na hora de divulgar o teu blog né?!Vou espalhar pra turma sobre o blog (que diga-se de passagem,está primoroso!) e vamos estourar o contador de visitas!
    Abração irmão!!


  2. Cara, teu blog é incrível! Primeiramente, a maneira como lida com os filmes e excreve suas análises aqui. Além disso, escolhe bem as produções, torna o debate mais profundo. Revi “A Classe” justamente hoje e fui pesquisar sobre ele no google e cai aqui. Vejo que retornou com teu blog por agora, então continue! Esse filme me impactou e teu texto mostra o quão importante ele é. É doloroso demais, realista. Melhor que o aclamado “Elephant” do Gus Van Sant.

    Abraço

    ps, te linkarei aos meus blogs amigos. abs



Deixe um comentário